segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O outono existe e é encantadoramente amarelinho!


Eu sempre achei que outono e primavera eram apenas uns nominhos sem muita expressao que colocaram no tempo que passamos, depois da chaticezinha tímida do inverno, esperando a chama borbulante do verao; e também a época do arrependimento por nao ter viajado pra praia no verao até que o cinzento inverno chegue novamente.
Mas agora esse meu conceito, um tanto pobre e tropical está caindo por terra:
O outono existe!
E nao só existe, como é uma estaçao absolutamente deslumbrante em seus tons de amarelos, em seus sons delicados e em sua luz absolutamente azul.
A Aline (que está na França) já havia me dito sobre o quanto é lindo ficar numa pracinha olhando as folhas douradinhas todas pelo chao (puta coisa de quem nao tem o que fazer, né? Pois é, mas a gente nao tem mesmo...hahaha). Eu nao acreditava muito nela, achava que tava exagerando ou até mesmo ficando um pouco abilolada com tanto frio que tem passado pelas terras francesas há um ano.
Mas olha, queimei minha língua e a retina dos meu olhos ao constatar que talvez o outono seja a estaçao mais linda de se ver na Europa (bem, pode ser que eu mude de ideia, pois essa é só a primeira que vejo aqui! hehehe).
Pela manha o céu é limpiiiiiiiiiiiinho, azul, quase sem nuvens (e alto, como vcs ja sabem!). Tem um ventinho bem geladinho que faz as árvores balançarem de leve e derrubarem as folhas.
Tem folha de todos os tons de amarelo que vc imaginar, até folha cor de burro-quando-foge. Tem as avermelhadas também.
Daí quando vc vai a um parque e olha no horizonte, enxerga um tanto de árvores sobrepostas e as cores se misturam formando um quadro que nem no Prado se vê.
O outono me trouxe a plena sensaçao de estar na Europa.
Eu explico:
Outro dia eu tava saindo do Museo del Traje, era umas 16h, e tava um dia desses que descrevi.
Quando desci as escadas do museu e cheguei no jardim que o rodeia, os únicos sons que eu ouvia eram o assovio de una pàssaros meio pretos com a calda de um azul petróleo indescritível (que nunca vi igual no Brasil)e o barulhinhos das folhas caindo no chao.
Chorei!
Nessa hora me dei conta de que realmente tinha atravessado o Atlantico e que tava numa terra distante e muitissimo diferente da que me criou!
E é muito gratificante perceber que o mundo é enorme, e que o que é muito chato e sem expressao ai, pode ser encantandor aqui...e vice-versa, sem dúvida.
Agora eu entendo o Monet!

Um comentário:

  1. o outono nao é liiindo?! heheh Nossa, aqui as arvores ja estao peladinhas, mais pra inverno que pra outono...

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